História
Cronologia para surgimento do INIS
Laboratório Farmacotécnico dos Serviços de Saúde e Higiene, com atribuições para realizar entre outras funções a análise química, bromatológica e toxicológica dos produtos alimentares.
Laboratório Central de Análises Químicas, Bromatológicas e Toxicológicas, dependente da Direcção dos Serviços de Saúde e Higiene (actual Direcção Nacional de Saúde Pública).
Laboratório Central de Análises Químicas, Bromatológicas e Toxicológicas que após a sua remodelação deu à criação do Laboratório Nacional de Saúde Pública.
Com a assinatura do Protocolo de Cooperação entre o Governo da República Popular de Angola, representada pela Secretaria de Estado da Cooperação e o Governo da República da Itália, representado pela Direcção Geral para a Cooperação ao Desenvolvimento, o Laboratório de Saúde Pública deveria ter capacidade para:
a) Efectuar actividades de vigilância epidemiológica sobre as doenças transmissíveis e parasitárias
b) Efectuar actividades de controlo da higiene alimentar e das águas
c) Formar quadros em competências técnicas, aptos para enfrentar o surgimento de epidemias.
Criação do INIS
A história do Instituto Nacional de Investigação em Saúde, remonta ao ano de 1955 com a criação do Instituto de Investigação Médica de Angola (IIMA) na província de Nova Lisboa, actual Huambo. Em 1970, o IIMA passou a designar-se Instituto Provincial de Saúde Pública de Angola (IPSPA), com a sua sede em Luanda e subordinação ao Governo Geral da Província de Angola. Nos domínios da investigação e planeamento, o instituto recebia apoio e orientação técnica do Conselho Coordenador de Saúde Pública e da Escola Nacional de Saúde Pública e de Medicina Tropical de Lisboa/Portugal, sem assim ficar limitada a sua capacidade de iniciativa e decisão.
IPSPA
Em 1973, após a realização de estudos de caracterização exclusiva das doenças endémicas de Angola (doença do sono, bilharziose, lepra, malária, dermatomicoses e arboviroses), o IPSPA passou a ficar subordinado directamente ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa/Portugal. Após a independência de Angola em Novembro de 1975, é criada em 1981 uma comissão que trabalhou na reformulação do Estatuto Orgânico do IPSPA que propôs a criação do Instituto Nacional de Saúde Pública como órgão responsável pelo estudo e investigação na área da saúde, directamente subordinado ao Ministério da Saúde com os seguintes objectivos específicos:
a) Executar e promover a investigação em saúde
b) Formar o seu próprio pessoal em investigação científica
c) Colher e produzir informação sobre investigação em saúde.
Montagem dos primeirors serviços de laboratório
1. Laboratório de Microbiologia e Parasitologia Clínica
2. Laboratório de Microbiologia e Química das Águas
3. Sala de Colheita de Amostras Biológicas
4. Sala de Preparação de Meios de Cultura e Reagentes
5. Sala de Lavagem e Esterilização do Material.
6. Câmaras e frigoríficos para conservação de reagentes e amostras biológicas e ambientais.
O surgimento de surtos epidémicos, (Cólera, Meningite, Disenteria hemorrágica e da Pandemia do VIH) no país, pressionou o desenvolvimento de uma estrutura laboratorial de suporte à investigação epidemiológica, ao diagnóstico clínico e ao ensino teórico-prático dos técnicos de laboratório, de vigilância e de investigação.
Desta forma, sob a Proposta Nº 002/DIR/INSP- Sobre a Viabilização do Funcionamento imediato do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), através da ocupação das instalações do Laboratório Nacional e absorção do respectivo pessoal administrativo e técnico, o Ministro da Saúde, segundo a nota 624/GAB/MS/97 de 5 de Junho, exarou o despacho favorável que permitiu ao INSP ocupar as actuais instalações e com base na adequação permanente da Proposta de Estatuto aos Decretos-leis que foram emitidos ao longo dos anos sobre Laboratórios Nacionais e Instituições de Investigação, o INSP obteve a sua identidade em 26 de Setembro, através do Decreto Presidencial nº 279/14.
Novo Estatuto Orgânico do Ministério da Saúde
Em 2018, considerando a necessidade de se adequar a estrutura do Ministério da Saúde à nova dinâmica social, política e económico-financeira do País, foi aprovado, através do Decreto Presidencial nº 21/18 de 30 de Janeiro, o Novo Estatuto Orgânico do Ministério da Saúde que introduziu órgãos e serviços que visavam dar respostas à reforma geral da administração pública em curso, especialmente no sector da saúde.
No quadro da aprovação desse novo instrumento legal, o INSP passou a designar-se Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS), tendo como principal pendor o desenvolvimento de acções no domínio da investigação no sector da saúde, de coordenar as iniciativas de investigação de outras entidades sanitárias, com atribuições de laboratório nacional de referência, vigilância laboratorial e investigação científica em saúde.
Hoje, o INIS rege-se por um estatuto próprio tendo, entre outras funções a de coordenar e supervisionar a Rede Nacional de Laboratórios, e tutela o Centro de Investigação em Saúde em Angola (CISA) localizado no Caxito, situado na província do Bengo, cujo respectivo estatuto orgânico CISA aguarda aprovação.